Sexta-feira, 16 de maio de 2014, 12h20 min
Servidores mineiros da Educação deflagram greve e denunciam Aécio Neves e Anastasia por crime de improbidade administrativa
Na tarde do dia 15 de maio, quinta-feira, servidores da Educação
vindos de várias partes do estado se reuniram em assembleia, no pátio da
ALMG , para pressionar o governo de Minas pela abertura por negociações
junto à categoria. Nos últimos anos a Secretaria Estadual de Educação
tem adotado uma postura defensiva em relação a reuniões com os
trabalhadores da área, colocando-os em situação muito complicada. O
diálogo não pode mais ser adiado, sob o risco de gerar consequências
negativas sobre a vida de professores e alunos da rede estadual.
O estado de greve foi deflagrado em resposta as várias tentativas
frustradas que os professores fizeram de ter suas reivindicações
ouvidas. A paralisação se inicia no dia 21 de maio e segue por tempo
indeterminado, segundo a Presidente do Sind-UTE Beatriz Cerqueira.
“Desde o dia 31 de janeiro, pedimos a abertura das negociações e
protocolamos a nossa pauta. As reivindicações continuam sendo salário e
carreira”, afirmou Beatriz.
Rogério Correia prestou seu apoio aos membros do movimento e
aproveitou para fazer uma análise sobre a situação de inércia que paira
sobre as reivindicações dos servidores estaduais da educação. “Mudou o
governador, mas o jeito de governar é o mesmo. A pauta também é antiga. É
a carreira que emperrou, o salário que virou subsídio e a Lei 100 que
enrolou milhares de servidores da Educação. Desde 2013 os tucanos
poderiam resolver ou pelo menos minimizar o sofrimento da educação. O
que a gente vê é só o aprofundamento do problema”, disse Rogério.
Governo do Estado é alvo de denúncia por crime de improbidade administrativa
Na mesma tarde, representantes do Sind-UTE/MG, acompanhados do
deputado estadual Rogério Correia e deputado federal Padre João,
protocolaram junto ao Ministério Público Federal uma representação
denunciando crime de improbidade administrativa por parte do então
governador Aécio Neves e do atual governador de Minas Gerais Antônio
Anastasia. Os dois são acusados de terem colocado a categoria dos
servidores da educação em situação de vínculo empregatício frágil
através da criação da Lei 100 e, após a sentença de
inconstitucionalidade do STF, não ter prestado qualquer auxílio a estes
servidores. A representação foi entregue ao Procurador-chefe Adailton
Ramos do Nascimento. “Os problemas causado com a lei complementar nº 100
se intensificaram. O governo não está atento à situação dos
efetivados”, colocou Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-UTE/MG.