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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Educação em estado de alerta!

Conselho Geral do Sind-UTE define estratégias de lutas e eixo da Campanha Salarial Educacional de 2016



Educação em estado de alerta! O primeiro Conselho Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) de 2016, realizado no salão do CREA-MG, em Belo Horizonte, dia 20 de fevereiro último, contou com a participação da direção estadual, conselheiros e conselheiras e direção de mais de 80 subsedes. Cerca 500 lideranças de todas as regiões do Estado participaram durante todo o dia das discussões e das deliberações aprovadas. A educação está em estado de alerta para acompanhar a chegada do projeto de lei sobre o reajuste de 11,36%, que o governo garantiu que será protocolado até o dia 26 de fevereiro. O projeto precisa contemplar o reajuste no vencimento básico das 8 carreiras da educação e aposentados, na carreira, respeitando o grau e o nível de cada um e ser retroativo a janeiro de 2016. Enquanto isso, a greve nacional da educação está sendo construída para ser grande e forte no estado. 

Negociação
A direção do Sindicato, através de sua coordenadora, Beatriz Cerqueira, apresentou um balanço das atividades, mobilizações e reuniões realizadas com o governo desde o início deste ano.
A estratégia de já iniciar o ano com uma forte mobilização na Cidade Administrativa, com participação de mais de mil pessoas, foi considerada acertada e necessária para pressionar o governo a cumprir o compromisso firmado com a categoria em maio de 2015 e transformado na lei 21.710/15. Foi a pressão que fez o governo se comprometer em enviar o projeto de lei para Assembleia Legislativa com a finalidade de pagar o reajuste de 11,36% retroativo a janeiro deste ano conforme estabelece o MEC.
Outros avanços importantes foram citados como resultado da luta coletiva. No dia 11/02, no Palácio Tiradentes, Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, após reunião entre o Sind-UTE/MG e o governo (terceira reunião deste ano), o governo atendendo a um pedido do Sindicato, anunciou o aumento do número de nomeações de concurso público, mudança na política de perícia médica e a situação dos servidores adoecidos. O governo se comprometeu  com a nomeação de concursados, assumindo o compromisso de dobrar o número de 15 mil para 30 mil nomeações por ano. Para 2016, haverá um esforço de se chegar a 50 mil.
Sobre a situação dos trabalhadores em educação que eram vinculados pela Lei 100 e que estavam de licença médica, no dia 31/12/2015, o Estado vai manter o afastamento médico e os servidores passarão periodicamente por perícia para avaliação sobre o restabelecimento da saúde ou encaminhamento para aposentadoria. Um projeto de lei sobre isso já foi encaminhado à Assembleia Legislativa em 15 de fevereiro.
Sobre a política de perícia médica, o governo reconheceu as críticas feitas pelo Sindicato e afirmou que está disposto a rever a situação. Especificamente sobre a prática de declaração de inaptidão a profissionais da rede estadual que tem anos de trabalho e são considerados inaptos, o governo afirmou que vai isentar de perícia os trabalhadores da Lei Complementar 100 que forem nomeados. Os mesmos deverão apresentar atestado médico.  Questionamos a situação de designados que já trabalham no Estado e quem já foi considerado inapto. O governo ficou de avaliar a situação.
Em relação ao pagamento do salário de janeiro de 2016 dos trabalhadores da Lei Complementar 100/07, o governo afirmou que não tem uma posição. O Sindicato fez um histórico desde que a pessoa era designada e foi efetivada demostrando que o salário é devido. E continua cobrando este pagamento. Ainda durante as reuniões com o Governo do Estado, o Sindicato resgatou a necessidade de um quadro de escola construído com a categoria, conforme está no Acordo assinado pelo governador, o que não aconteceu para 2016. O governo se comprometeu em discutir o quadro para 2017, em abril deste ano.
Beatriz lembrou ainda da reunião realizada no dia 02, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, com representantes de todas as regiões do Estado, articulados pelo Sind-UTE/MG, com membros da Comissão de Direitos Humanos, liderança da Maioria e Mesa Diretora da Assembleia, com o objetivo de discutir as demandas que impactaram a vida da categoria neste início de ano.