Professores
Abono é única forma de fazer reajuste, diz deputado
Líder do governo afirma que Lei de Responsabilidade Fiscal impede outras maneiras de aumentar salário
Professores prometem novas mobilizações e paralisações em
março
PUBLICADO EM 29/02/16 - 03h00
Luiza Muzzi
Líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas, o
deputado Durval Ângelo (PT) defendeu ontem o projeto de lei de autoria do
governador Fernando Pimentel (PT) que prevê que o reajuste de 11,36% dos
professores – relativo ao piso nacional – seja pago por meio de abono, e não
sobre o vencimento básico, conforme demanda da categoria. Segundo o
parlamentar, o benefício por abono é a única forma de se garantir o reajuste,
uma vez que o governo já extrapolou os limites da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
“Isso é questão jurídica. A Lei de Responsabilidade Fiscal
estabelece que o aumento salarial entra como despesa de pessoal. Se (o
reajuste) for dado como abono, entra como custeio. E o governo estourou a lei,
então não poderia dar aumento se não fosse através do abono”, afirmou.
Conforme Durval Ângelo, tanto a oposição quanto os professores
“sabem disso”. “A meu ver, estão fazendo um cavalo de batalha por nada.
Anunciar greve por isso não tem cabimento”, criticou.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas
(Sind-UTE) pretende fazer uma paralisação entre os dias 15 e 17 de março. A
oposição, por sua vez, deve apresentar emenda ao projeto de lei para garantir
que o pagamento do reajuste seja feito sobre o vencimento básico.
Em nota, o governo de Minas explicou que a proposta mantém a
lógica do acordo com os professores, lembrando que o reajuste de 31,78% está
sendo pago sob a forma de abonos “que serão todos incorporados até 2018”. “A proposta guarda
coerência com toda a negociação realizada entre governo e o Sindicato Único da
Educação, que culminou em um acordo histórico”. O governo destacou ainda que a
meta de equiparar o salário de toda categoria ao piso nacional do magistério
“está rigorosamente mantida”
Anteontem, Durval Ângelo chegou a responder, no Twitter, o
colega petista Rogério Correia, que havia criticado o projeto de lei. Amanhã,
sindicatos do funcionalismo se reúnem com o governo na Cidade Administrativa.
Professores prometem novas mobilizações e paralisações em
março
PUBLICADO EM 29/02/16 - 03h00