Sind-UTE/MG participa de reunião na Cidade Administrativa e volta a cobrar que governo cumpra o acordo que assinou
Reunião aconteceu na terça-feira, 01/03, na Cidade Administrativa
“O
Sind-UTE/MG entra para essa reunião com um acordo descumprido pelo
Governo. Um acordo assinado, transformado na Lei 21.710/15, mas que o
governo está optando por descumprir”, disse a coordenadora-geral do
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
(Sind-UTE/MG), à imprensa, durante entrevista nessa terça-feira (1º
/03), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
O
Sindicato participou de uma reunião convocada pelo Governo para
apresentação do processo de instituição da Mesa Estadual de Negociação
Permanente, que deverá ser instituída por meio de Decreto, após
discussão com entidades representativas do funcionalismo. No encontro
estavam presentes diversas entidades, entre sindicatos e associações. As
entidades têm até o próximo dia 8 de março, para dar sugestões sobre o
formato de Mesa de Negociação que o governo apresentou.
O
Sind-UTE/MG levou para essa primeira Mesa a proposta de que essas
câmaras setoriais ocorram por assunto e não por categoria e que haja
celeridade por parte do governo para tratar temas de interesse do
conjunto do funcionalismo.
Beatriz
Cerqueira avalia como importante a iniciativa desse fórum,
especialmente, para se discutir e avançar em assuntos comuns ao
funcionalismo. Entre eles, citou: o atendimento pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), a reestruturação do processo de perícias médicas e a devolução dos mais de R$ 3 bilhões desviados do Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais (Funpemg)
pelo governo anterior para um caixa único. Entretanto, ressaltou que as
questões específicas de cada categoria devem merecer tratamento
diferenciado. “É necessário que haja autonomia de deliberação. O que for
discutido e pactuado precisa ser cumprido com agilidade pelo Governo.
Não podemos ficar, por exemplo, à mercê de uma estrutura que vem do
governo passado”, questionou.
Sobre
o projeto de Lei do Governo do Estado encaminhado à Assembleia
Legislativa de Minas Gerais, dia 26 de fevereiro último, relativo ao
pagamento do reajuste de 11,36% aos educadores e educadoras, na forma de
abono, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG disse que o Sindicato não
aceita o argumento de que essa é a única forma de se fazer esse
pagamento. “Esse governo precisa entender a importância de se honrar
compromissos firmados. Assinar acordos e não cumpri-los traz a ideia de
descrédito e a educação vai pressionar pelo cumprimento”.
Numa
breve retrospectiva da luta travada pelos educadores no ano passado, a
direção do Sindicato destaca que a educação já fez a sua parte. Só para
se ter ideia da situação, a categoria aceitou uma negociação parcelada e
alcançar o Piso Salarial Nacional somente em 2018.
Greve na educação
Ao
fazer proposta de pagar o reajuste por meio de abono, o governo atual
descaracteriza o tempo de serviço e a formação dos profissionais da
educação, além de descumprir o acordo assinado em 2015! Nos próximos
dias 15, 16 e 17 de março, os trabalhadores em educação participam da
greve nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE) e no dia 16 faz Assembleia Estadual para deliberar
sobre os rumos do movimento. “Esse é um alerta para que o governo
aprenda e dialogue mais com uma base social tão importante e necessária
para o desenvolvimento do Estado como é a educação”, pondera Beatriz
Cerqueira.
01/03/16 - Sind-UTE/MG participa de reunião do Governo com entidades sindicais na Cidade Administrativa
01/03/16
- Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG fala durante
reunião do Governo com entidades sindicais na Cidade Administrativa
01/03/16
- Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG fala durante
reunião do Governo com entidades sindicais na Cidade Administrativa
Entrevista à imprensa
Foto: Studium Eficaz/Sind-UTE