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sábado, 17 de maio de 2014

Greve dos Professores da Rede Estadual de Ensino



Sexta-feira, 16 de maio de 2014, 12h20 min

Servidores mineiros da Educação deflagram greve e denunciam Aécio Neves e Anastasia por crime de improbidade administrativa

Na tarde do dia 15 de maio, quinta-feira, servidores da Educação vindos de várias partes do estado se reuniram em assembleia, no pátio da ALMG , para pressionar o governo de Minas pela abertura por negociações junto à categoria. Nos últimos anos a Secretaria Estadual de Educação tem adotado uma postura defensiva em relação a reuniões com os trabalhadores da área, colocando-os em situação muito complicada. O diálogo não pode mais ser adiado, sob o risco de gerar consequências negativas sobre a vida de professores e alunos da rede estadual.
O estado de greve foi deflagrado em resposta as várias tentativas frustradas que os professores fizeram de ter suas reivindicações ouvidas. A paralisação se inicia no dia 21 de maio e segue por tempo indeterminado, segundo a Presidente do Sind-UTE Beatriz Cerqueira. “Desde o dia 31 de janeiro, pedimos a abertura das negociações e protocolamos a nossa pauta. As reivindicações continuam sendo salário e carreira”, afirmou Beatriz.
Rogério Correia prestou seu apoio aos membros do movimento e aproveitou para fazer uma análise sobre a situação de inércia que paira sobre as reivindicações dos servidores estaduais da educação. “Mudou o governador, mas o jeito de governar é o mesmo. A pauta também é antiga. É a carreira que emperrou, o salário que virou subsídio e a Lei 100 que enrolou milhares de servidores da Educação. Desde 2013 os tucanos poderiam resolver ou pelo menos minimizar o sofrimento da educação. O que a gente vê  é só o aprofundamento do problema”, disse Rogério.

Governo do Estado é alvo de denúncia por crime de improbidade administrativa
Na mesma tarde, representantes do Sind-UTE/MG, acompanhados do deputado estadual Rogério Correia e deputado federal Padre João, protocolaram junto ao Ministério Público Federal uma representação denunciando crime de improbidade administrativa por parte do então governador Aécio Neves e do atual governador de Minas Gerais Antônio Anastasia. Os dois são acusados de terem colocado a categoria dos servidores da educação em situação de vínculo empregatício frágil através da criação da Lei 100 e, após a sentença de inconstitucionalidade do STF, não ter prestado qualquer auxílio a estes servidores. A representação foi entregue ao Procurador-chefe Adailton Ramos do Nascimento. “Os problemas causado com a lei complementar nº 100 se intensificaram. O governo não está atento à situação dos efetivados”, colocou Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-UTE/MG.

Procurador- chefe Adailton Ramos do Nascimento recebe
 a denúncia de improbidade administrativa das mãos do
 Sind-UTE/MG e deputados Rogério Correia e Padre João /
 Foto: Sind-UTE MG