28/07/2010
Maria Luciene
A qualidade da educação no Brasil
piorou muito nos últimos dez anos. Os valores da família também se
encontram inseridos em novos contextos impostos pelas exigências da
sociedade contemporânea. O padrão tradicional: pai, mãe e filhos,
juntos, dividindo o mesmo teto, vai se tornando uma realidade cada vez
mais distante. A mulher-mãe, aquela que décadas passadas já fora
condecorada em concursos escolares como “A RAINHA DO LAR”, merecedora de
palco, faixa e aplausos, hoje ganha cada vez mais e mais espaço no
mercado de trabalho, muitas, passando a assumir o papel principal de
chefe da família, confiando a educação dos filhos a terceiros, cuja
insubstituível lacuna muito tem refletido de forma significativa no
comportamento das nossas crianças, jovens e adolescentes, por melhor que
seja a intenção dessa mãe em contemplar os filhos com um futuro mais
promissor. O papel da escola também mudou. As famílias passaram a
transferir a responsabilidade da educação dos filhos única e
exclusivamente para a escola, que deixou de educar para ,simplesmente,
disciplinar. Professores muito se desgastam diante da inversão dos
papéis, os quais reclamam que passaram a ser disciplinários, psicólogos,
pai, mãe, confidente, dentre outras habilidades que lhes consomem o
tempo que deveriam ter para ministrarem o conteúdo didático. Faz-se
necessário uma ampla reflexão conjunta sobre os valores sociais
humanitários do século XXI. Famílias, escolas, governantes...Todos
estamos inseridos neste contexto transformador,formador primeiramente de
princípios básicos de educação e, sucessivamente, de opinião.