Professor estadual anuncia paralisação para o dia 31
(Lucas Prates/Hoje Em Dia)
EQUIPE – Beatriz Cerqueira (à direita), coordenadora do Sind-UTE, na saída da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
dia 31 está marcado de vermelho na agenda dos professores da
rede estadual de ensino. Depois de diversas reuniões com representantes
do executivo e sem chegar a um acordo nas reivindicações da categoria,
em especial ao piso salarial nacional
R$ 1.918,16), o Sindicato Único
dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) convocou uma assembleia geral
para a data, com paralisação das atividades por um dia. A mobilização
será realizada na Assembleia Legislativa, a partir das 14 horas. O
pagamento do piso é promessa de campanha de Pimentel.
Além da paralisação, foi marcada uma assembleia entre os professores e
diretores de escolas para deliberar sobre a única proposta salarial
feira pelo governo Pimentel, de conceder abono de R$ 160 reais para a
carreira inicial, em quatro parcelas, sem contemplar os aposentados. De
acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães,
essa proposta representa “35% da diferença entre o que está sendo pago
hoje e o piso nacional”.
Nesta terça-feira (24), foi realizada a quinta rodada de negociação
entre professores e governo na Cidade Administrativa, em uma reunião dos
representantes sindicais e de subsecretários das pastas de Fazenda,
Educação, Planejamento e Governo. Segundo a coordenadora-geral do
Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, poucos avanços foram alcançados.
Os professores cobram o piso nacional, direito a alimentação para
professores – vetado na verba do Estado desde 2013 – além da atualização
do currículo e da valorização da escolaridade dos professores que têm
mestrado e doutorado. Apenas a questão da merenda foi resolvida, a
partir de abril. “Não conseguimos acordar a volta dos direitos e
vantagens para o vencimento básico, não conseguimos a valorização da
escolaridade, que pode vir a acontecer só em 2016, e o piso ainda está
longe de ser realidade”, disse. “O governo está manipulando a informação
ao dizer que o abono caminha para 35% em direção ao piso. O piso é de
nível médio e o que está em questão em Minas é ensino superior”,
acrescentou Beatriz.
Sobre os R$ 160, o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Wieland
Silberschneider, que participou da reunião, afirma que o valor
“representa um terço da diferença entre o que é pago hoje e o valor do
piso nacional”. Conforme nota enviada pela assessoria de imprensa nesta
terça-feira (24), até o final do mandato de Pimentel o piso será pago,
com reajuste ano a ano. Hoje, o vencimento básico é de R$ 1.455 e o de
nível médio é de R$ 1.237,00.