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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Questão Salarial

05/02/2016 18:02 - Atualizado em 05/02/2016 18:02

Governo de Minas embroma servidores da Educação e não cumpre acordo

Bruno Moreno - Hoje em Dia


O ano letivo nas escolas estaduais está marcado para começar na quinta-feira, mas sem nenhuma solução ainda, por parte do governo, em relação aos servidores da Educação. Isso porque as pautas do movimento, principalmente o prometido aumento salarial em fevereiro, não foram atendidas.

Durante todo o dia desta sexta (5), cerca de mil servidores estiveram na Cidade Administrativa, sob a promessa de que seriam atendidos pelas secretarias de Governo e Educação, mas a reunião sofreu três adiamentos. Primeiro, seria às 11h30, depois às 12h30 e, finalmente, às 17h. Acabou também sendo remarcada para a próxima quinta-feira, às 15h.

A principal pauta apresentada ao governo do Estado é em relação ao acordo firmado em março do ano passado, em que foi assinado um cronograma de aumentos salariais até julho de 2018, quando deve ser alcançado o piso nacional. A primeira etapa desse acordo foi o abono de 13%, que está sendo pago.

No entanto, a segunda etapa, que deveria ter sido cumprida em fevereiro, não foi honrada, segundo o Sindicato Unificado dos Trabalhadores em Educação (SindUte). Os contracheques de fevereiro, com salário relativos a janeiro, deveriam contemplar um reajuste de 11,36%, mas isso não ocorreu, afirma o sindicato.

“Se eles não cumprirem com esse reajuste, que é a segunda etapa do processo para chegarmos ao piso nacional, até julho de 2018, o governo não vai conseguir alcançar o valor do piso nacional, como foi acordado em março do ano passado”, afirmou Beatriz Cerqueira, coordenadora do SindUte.

A sindicalista alerta que o movimento pode ficar mais radical, uma vez que não aceita fazer novos acordos. “Se o governo não mudar, depois do Carnaval a pressão será muito mais agressiva. No dia 13 teremos reuniões regionais em todo o Estado, e no dia 20 assembleia geral em Belo Horizonte”, afirmou Beatriz, após o fim da reunião das 12h30, que nem bem começou foi encerrada.

Na conversa com os secretários de Estado de Governo, Odair Cunha, e de Educação, Macaé Evaristo, a pauta travou no primeiro item, quando começaram a falar sobre o acordo do pagamento do piso nacional.

Segundo Beatriz, o Executivo solicitou mais tempo para que a Secretaria de Planejamento pudesse realizar mais estudos e, por isso, a reunião foi remarcada. O governo, porém, não confirmou a versão de Beatriz, nem mesmo apresentou nenhum posicionamento.

Entre outros pleitos, a pauta inclui estabelecer um cronograma para convocação de concursados; pagamento de funcionários da lei 100 que foram aposentados e não receberam o último salário; e suspensão do desligamento de oito mil funcionários vinculados à Lei 100 que estavam em licença médica em 31 de dezembro.