Falta de diálogo do governo trava pauta da ALMG
A responsabilidade pela demora na concessão do reajuste de 11,36% definido pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro último é exclusivamente do governo Fernando Pimentel.
A responsabilidade pela demora na concessão do reajuste de 11,36% definido
pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro último é exclusivamente do governo
Fernando Pimentel. O projeto do governo somente foi enviado à Assembleia
Legislativa de Minas Gerais em março, mais de dois meses após o anúncio do
índice de reajuste do piso nacional dos professores. E a matéria foi enviada
com falhas que atrasaram ainda mais a tramitação. Após várias tentativas sem
sucesso do governo para corrigir os erros na matéria, o projeto só voltou para
a pauta do Plenário nesta terça-feira (29/3) e, para ser votado, ainda depende
da apreciação de quatro vetos do governador.
A oposição vem denunciando as sucessivas manobras do governo para ludibriar
os professores e cobrando o cumprimento da promessa de reajustar o salário da
educação de acordo com o índice definido pelo MEC. Para acelerar o reajuste, a
oposição protocolou projeto antes do governo.
Os deputados do bloco estão prontos para votar o projeto de reajuste dos
professores, que se faz urgente e necessário. Mas o governo sabe que faz parte
dos trâmites legislativos discutir primeiramente os vetos que estão travando a
pauta, tanto que no início de março um veto do governo foi discutido e votado.
A ausência de diálogo por parte do governo tem impedido a apreciação das demais
matérias. A arbitrariedade e o desrespeito com o Legislativo são tão evidentes
que os próprios deputados da base governista não estão comparecendo às votações
no Plenário.
Com ampla maioria na Assembleia, o governador Fernando Pimentel poderia ter
resolvido de forma mais democrática os vetos em matérias aprovadas pelos
deputados, aprovando o parecer na Comissão Especial e, em seguida, no Plenário.
Propositadamente, no entanto, deixou os vetos travarem a pauta com o único
intuito de tentar atribuir à oposição na Assembleia a responsabilidade pela
demora em conceder o reajuste de 11,36% para os professores.
Entenda os vetos que estão travando a pauta:
1º veto – O PLE 22.827, proposto pelo deputado Inácio Franco (PV),
proíbe a inauguração de obra pública incompleta.
A oposição não concorda com o veto e quer rejeitá-lo, mas até hoje a liderança do governo não sentou para negociar. Para a oposição é um absurdo o governador querer inaugurar uma obra pública inacabada.
A oposição não concorda com o veto e quer rejeitá-lo, mas até hoje a liderança do governo não sentou para negociar. Para a oposição é um absurdo o governador querer inaugurar uma obra pública inacabada.
2º veto – O PLE 22.893, proposto pelo deputado Antônio Carlos
Arantes (PSDB), autoriza a doação de um imóvel da Codemig no município de Arcos
para uma entidade beneficente.
Para a oposição, o veto é motivado por questões partidárias e não há motivo para que seja mantido.
Para a oposição, o veto é motivado por questões partidárias e não há motivo para que seja mantido.
3º e 4º vetos – O PLE 22.898 altera o PMDI e o PLE 22.901 altera
estrutura de órgãos do Sisema.
A oposição não é contra a manutenção dos vetos, mas cobra uma discussão sobre as razões que levaram o governador Fernando Pimentel a vetar matérias que foram encaminhadas por ele mesmo, no caso do PMDI.
A oposição não é contra a manutenção dos vetos, mas cobra uma discussão sobre as razões que levaram o governador Fernando Pimentel a vetar matérias que foram encaminhadas por ele mesmo, no caso do PMDI.
Texto: Bloco Verdade e Coerência