Respeitar
os sentimentos do outro é sinal de dignidade e caráter. Na
caminhada evolutiva, muitos de nós precisamos rever nossos conceitos. Às
vezes, sentimos tamanha necessidade de agredir o outro, usando até mesmo redes
sociais, com o objetivo de nos fortalecermos ainda mais, mal percebendo que, em
situações assim torpes e vingativas, contemporizadas com o universo, os maiores
agredidos seremos nós mesmos, ao revelarmos para o mundo a nossa verdadeira
identidade ou, por um simples deslize, a nossa fraqueza humana. Uma vez
satisfeito o ego podemos até ganhar nossos minutinhos de fama, porém, diante
daquele encontro íntimo entre Deus e nós, encontro esse o qual, mais cedo ou
mais tarde, satisfazendo às nossas próprias exigências sentimentais seremos
convocados a encarar, sozinhos, sem plateia, ao cairmos na realidade, sem haver
como reparar o erro cometido, sentiremos vergonha de nós mesmos pela
pequenez e sordidez das nossas atitudes. Em muitos casos, magoamos
pessoas inocentes que um dia estiveram conosco lado a lado, fizeram parte das
nossas vidas, nos ajudaram a superar momentos difíceis doando o melhor de si, e, revigorados
em nossa autoestima, voltados para o nosso egoísmo e vaidade viramo-lhes as
costas ignorando o ombro amigo e a mão estendida naqueles momentos tão incertos,
expurgando-as do nosso convívio como se simplesmente tirássemos um calçado
apertado que passou o dia todo a incomodar-nos os pés. Quem se humilha será
exaltado!Não nos esqueçamos de que todas as pessoas têm alma, todas as pessoas
têm sentimentos, todas as pessoas têm coração!... Se não pudermos valorizá-las,
que tenhamos pelo menos a sensatez de respeitá-las. Pensemos nisso e procuremos
nos tornar seres melhores , lembrando sempre
que a influenciável, atrativa e traiçoeira rede social, quando mal
administrada, acabará sendo uma armadilha contra nós mesmos. Não nos esqueçamos
de que as pessoas que elogiam as nossas atitudes nessas redes, deixando lá seus
recadinhos inflando ainda mais o nosso ego e a nossa vaidade, além de revelarem
também o seu caráter, costumam ser as mesmas que, fora do ar, nos julgam, nos
ridicularizam e até nos condenam. As que não se manifestam provavelmente serão
as únicas que ficarão ao nosso lado quando, ao final do espetáculo, as cortinas do palco forem fechadas.
Maria
Luciene