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quinta-feira, 26 de março de 2015

LEI 100



 Ministro Dias Toffoli vota pelo adiamento das demissões

Mas ministra Cármen Lúcia pediu vista e julgamento da ação foi adiado para depois da Semana Santa; com isso, prazo para a prorrogação de permanência dos contratados que não haviam passado em concurso público permanece sem uma decisão do STF


PUBLICADO EM 26/03/15 - 20h54
Felipe Castanheira
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, relator do pedido de adiamento apresentado pelo governo de Minas em relação a inconstitucionalidade da Lei 100, se declarou favorável ao recurso apresentado pelo executivo estadual. Entretanto o julgamento da ação foi adiado diante do pedido de vista feito pela ministra Cármen Lúcia.
O retorno do julgamento deve ocorrer apenas após a Semana Santa, já que o Supremo irá ter um recesso na próxima semana. O governo de Minas informou que irá realizar um estudo mais aprofundado sobre o parecer do relator antes de se posicionar.
Com isso, o prazo para a prorrogação de permanência dos contratados que não haviam passado em concurso público permanece sem uma decisão do STF.
O voto do relator, entretanto, aponta para a extensão do prazo, já que em seu parecer ele destacou a atuação do governo em buscar resolver a situação de forma a fazer valer a decisão do supremo sobre o assunto. Com isso, os servidores contratados através da Lei 100 para vagas onde não foram realizados concursos públicos teriam os cargos até o fim do ano.
O recurso apresentado no supremo foi a última manobra do Governo de Minas para que os servidores ganhem sobrevida no emprego. Com isso, o governador Fernando Pimentel (PT) teria tempo para realizar concursos públicos, dando uma oportunidade para que os atingidos pela Lei 100 possam ser efetivados.
Dias Toffoli avalia que o prazo até dezembro de 2015 é suficiente para que seja concluído o cronograma de concursos públicos iniciado em 2014, ainda na gestão anterior. Assim como realizar as devidas substituições dos profissionais da educação, sem interrupção do ano letivo e sem impacto negativo sobre as escolas e das universidades.
Na semana passada, professores que integram o Sindicato dos Professores da UEMG(Sinduemg), enviaram cartas aos ministros do Supremo, para colocá-los a par da situação da universidade e pressioná-los sobre a votação do embargo.
Nessa terça-feira, servidores da educação realizaram uma manifestação, na Assembleia de Minas, pedindo a atuação de deputados estaduais para solucionar as implicações da inconstitucionalidade da Lei 100, legislação que efetivou milhares sem concurso público.
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de 70 mil servidores deverão ser dispensados no próximo mês.