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terça-feira, 27 de julho de 2010

SALVEMOS AS NOSSAS ESCOLAS

A decadência da escola, essa frágil instituição

FÁTIMA SOARES RODRIGUES
27/07/2010
Houve tempo em que a escola era lugar de encontro, espaço de aprendizagem e troca de experiências: de vida e de cultura. Era considerada a extensão do lar, isto é, nela eram enfatizados e colocados em prática os valores adquiridos em casa, como respeito, higiene, honestidade, afeto e solidariedade.

Ela continua sendo, porém, há tempos que a primeira educação, provinda do lar, foi terceirizada, sendo delegada a outros a transmissão dos valores que deveriam ser adquiridos no berço. E aos pais coube a tarefa de defender seus filhos em qualquer hipótese, exercendo sua autoridade por meio do endosso das ações dos filhos, ainda que essas ações não condigam com os valores morais que deveriam ser transmitidos pelos pais. E, assim, assistimos horrorizados a educandos desafiando educadores. Utilizam frases do tipo: "Você sabe com quem está falando? Sou filho de ‘fulano de tal’, que vai meter um processo em você e até tirá-lo da escola". E vimos, estarrecidos, professores doentes, sem motivação para lecionar, ou sem condições de exercer o magistério, pois qualquer advertência ao aluno ou suspensão dele podem resultar em perseguição.

Quantas agressões ao ambiente escolar são desferidas pelos próprios alunos: pichações, incêndio de lixeiras e tantas outras. Salvemos as nossas escolas. Seja pública, seja particular, é dela que herdamos os aprendizados, os amigos e as melhores recordações do nosso evoluir físico, social e profissional na sociedade!

Publicado em: 27/07/2010 - Jornal o Tempo