04/06/2014 19:26 - Atualizado em 04/06/2014 19:26
Greve dos professores da rede estadual é encerrada
Foi encerrada a greve dos professores da rede estadual na noite desta
quarta-feira (4). O fim da paralisação, que começou no dia 21 de maio
deste ano, foi decidido durante nova assembleia geral da categoria,
realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no
bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com a assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o previsto é que os educadores
voltem aos trabalho já na próxima sexta-feira (6). No entanto, foi
esclarecido que o estado de greve foi mantido. Ou seja, os professores
continuam mobilizados em relação às suas reivindicações.
A categoria conseguiu marcar reunião com a secretária de Estado de
Planejamento, Renata Vilhena. O encontro irá acontecer na próxima
quarta-feira (11), na Cidade Administrativa, mas o horário ainda não foi
definido. Na data, o planejado é que os servidores façam vigília na
sede do Governo, na região de Venda Nova.
Também nesta quarta, os educadores fecharam a MG-010, exatamente em
frente à Cidade Administrativa, por em torno de cinco horas. O bloqueio
gerou grande congestionamento na rodovia, que dá acesso ao Aeroporto
Internacional Tancredo Neves, em Confins, e na Cristiano Machado. Em
muitos momentos, a manifestação ficou tensa porque motoristas tentaram
negociar com os manifestantes. A Polícia Militar (PM) acompanhou o
movimento, que teve como principal objetivo pressionar o Governo a abrir
negociação com a categoria.
Já na segunda-feira (2), os professores ocuparam a sede da
Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A e pretendem manter a
invasão até o dia da reunião.
Reivindicações
Dentre outras reivindicações, os professores querem o pagamento do
Piso Salarial Nacional no Estado, o descongelamento da carreira e a
instituição de uma mesa de negociação para discutir a situação dos
servidores afetados pela Lei 100.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que as principais
reivindicações apresentadas não estão de acordo com a realidade da
educação no Estado. "Minas Gerais tem, segundo o próprio Governo
Federal, uma dos melhores sistemas estaduais de educação básica do
Brasil e o Governo de Minas tem investido sistematicamente na
valorização profissional dos educadores e na infraestrutura física do
sistema", diz trecho da nota.
"É importante esclarecer que em outubro do ano passado houve aumento
salarial de 5% para todos servidores que integram a carreira da
educação. Minas Gerais paga, desde 2011, um valor superior ao
estabelecido pelo Ministério da Educação. Atualmente, o salário inicial
de um professor com licenciatura plena em Minas Gerais é 42,93% superior
ao piso nacional estabelecido pelo MEC. Na rede estadual de Minas
Gerais o salário inicial do professor com licenciatura plena é de
R$1.455,30 para uma jornada de 24 horas semanais. O piso nacional para
40 horas semanais é de R$1.697,39. Além disso, é importante destacar que
o Governo de Minas sempre se manteve aberto ao diálogo com todas as
entidades representativas dos servidores da Educação e com a categoria.
Desde o início deste ano, já foram realizadas três reuniões do Comitê de
Negociação Sindical (Cones), encontros periódicos que contam com a
participação do Sind-UTE/MG. (25/02, 25/03, 23/04). A próxima reunião
está agendada para o dia 27 de maio", prossegue.
Ainda na nota, a Secretaria de Educação garantiu que antecipou de
janeiro de 2016 para janeiro de 2014 a concessão do benefício de
progressão da carreira dos profissionais de educação. Com a contratação
de novos professores, o Governo informou que realizou o maior concurso
da úl
tima década para a rede estadual de ensino. "Foram abertas 21.377
vagas, sendo 13.993 para cargos de professores e as demais para cargos
administrativos. As nomeações desse concurso estão ocorrendo
normalmente, tanto que já foram nomeados os aprovados para quase 80% do
número de vagas. Foram 16.771 nomeações até o momento, 11.356 deles para
cargos de professores e 5.415 para cargos administrativos".