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quarta-feira, 1 de julho de 2015

EDUCAÇÃO

 30/06/2015
Lei estadual para o cumprimento do Piso Salarial em Minas Gerais é sancionada
 
 
 Governador fala sobre a importância da sanção da Lei 21.710/15


 A professora Beatriz Cerqueira durante sua fala na cerimônia do ato de sanção da Lei 21.710/15, que inicia o cumprimento do Piso Salarial em Minas Gerais

O Hall das Bandeiras, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, passa a ter um novo significado para os trabalhadores e trabalhadoras em Educação de Minas Gerais. Antes, o local era ocupado apenas para manifestações. Cada passo das 3 greves históricas pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial aconteceu ali. Fizemos greve, greve de fome, acorrentamento, assinatura de dois acordos e enfrentamos o aparato repressivo da Polícia Militar. Nessa terça-feira (30/06), o mesmo lugar foi cenário para o ato de sanção da Lei21.710/15, que inicia o cumprimento do Piso Salarial em Minas Gerais.

Além de diversas caravanas do interior do Estado, trabalhadores em educação da região metropolitana e representantes dos movimentos sociais e vários sindicatos participaram da solenidade, que contou com as presenças do Governador Fernando Pimentel e do seu vice, Antônio Andrada, do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes, Secretários de Estado, deputados estaduais, membros do governo do Estado e da presidente da Associação dos Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg).

Mais uma vez, o espaço foi pequeno para acolher centenas de educadores e educadoras vindos de todas as regiões do Estado, servidores que viajaram por até 12 horas para fazer a luta e, é claro, registrar esse momento histórico. A sanção dessa lei é fruto de um grande esforço dos trabalhadores em educação, uma luta antiga da categoria.
Ao ressaltar que a categoria, com essa nova lei, está conquistando o reajuste anual do Piso Salarial para as oito carreiras da educação, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, frisou que a carreira volta a se movimentar e que as conquistas também alcançam os aposentados. “Estamos conquistando o reconhecimento do Piso Salarial Profissional Nacional para a jornada de 24 horas; garantia dos reajustes anuais do Piso Salarial; inclusão de todas as carreiras da educação, e não apenas os profissionais do magistério nos reajustes anuais do Piso Salarial; direito de opção de pagamento pelo salário do cargo em comissão ou salário dobrado do cargo de carreira para diretores de escola; mudança na gratificação de diretores e secretários de escola de 30% para 50%; inclusão dos aposentados com paridade em todas as propostas de salário, reajustes e mudanças na carreira; extensão da promoção sem exigência de certificação até a sua regulamentação para todas as carreiras que têm este nível; fim do subsídio como forma de remuneração, retornando o pagamento por vencimento básico; aplicação dos reajustes na carreira, quando os abonos forem incorporados perfazendo 31,78% além da aplicação dos percentuais do reajuste do Piso Salarial; garantia de reajustes nos abonos e vantagens pessoais; descongelamento da carreira, com as primeiras mudanças de nível em junho de 2015 (PEB TI e PEB TII); inclusão do estágio probatório no tempo para promoção de escolaridade; reajuste de 10,25% para diretores e secretários de escola e anistia.”
Justiça seja feita!
Ao Governador, Beatriz Cerqueira entregou uma relação com os nomes dos 21 diretores de escolas perseguidos nos governos anteriores, por terem participando das mobilizações e das greves da categoria. Todas foram eleitas pela comunidade escolar em 2011, mas o governo não fez as nomeações em função da atuação destes trabalhadores, que participaram das lutas coletivas da categoria.
“Esperamos que o seu governo corrija todas essas injustiças.” Lembrou que se os governos anteriores tivessem cumprido os acordos assinados (foram dois no total), hoje a categoria não estaria lutando pelo pagamento do Piso Salarial Nacional, e sim, levantando outras bandeiras.
SREs e Órgão Central
Outra luta apontada como imprescindível para o Sindicato e que já está em curso diz respeito às reivindicações dos servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e Órgão Central. Durante a fala da direção estadual do Sind-UTE/MG, a professora Beatriz Cerqueira solicitou ao Governador Fernando Pimentel que fossem feitas as correções das distorções das carreiras que o Sindicato já apresentou ao Executivo Estadual.
Subsídio nunca mais
Outro atraso citado na educação em Minas foi a política do subsídio que impôs aos educadores um perverso retrocesso à sua vida funcional. Dos 200 mil servidores, 153 mil disseram não ao subsídio em consulta feita pela Secretaria de Planejamento e Gestão em 2011. Mas, ainda assim, o governo Anastasia impôs essa política, que a partir de agora passa a ser página virada. “E para referenciar esse momento, nada melhor que celebrarmos trazendo, para junto de nós, os símbolos das nossas lutas, as bandeiras daqueles que estiveram conosco: CUT, MST, MAB, CNTE, Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude e outros Movimentos Sociais e Sindicais”, disse Beatriz.
Neste contexto, também foi destacada a presença dos funcionários do Sind-UTE/MG, que muito contribuíram na intensa agenda de lutas que a categoria fez.
O lema “quem luta, educa e garante conquistas” deu o tom final da palavra. Foi essa a voz em coro que entoou o som no hall das bandeiras na cerimônia de sanção da Lei 21.710/15.
 Clique nos links abaixo e confira a lei e suas tabelas.
Lei 21710 Politica Remuneratória
Anexo da lei 21.710 01
Anexo da lei 21.710 02
Anexo da lei 21.710 03
Anexo da lei 21.710 04
Anexo da lei 21.710 05
Anexo da lei 21.710 06
Anexo da lei 21.710 07
Anexo da lei 21.710 08
Anexo da lei 21.710 09
Anexo da lei 21.710 10
Anexo da lei 21.710 11
Anexo da lei 21.710 12