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terça-feira, 16 de junho de 2015

EDUCAÇÃO



Assembleia de Minas

Pedido de vistas adia votação de plano de carreira dos professores

Solicitação feita pelo deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM) gerou grande embate entre os dois lados


PUBLICADO EM 16/06/15 - 19h59
Humberto Siqueira

O governo  do Estado tinha tudo planejado. Pretendia sacramentar, nesta segunda-feira (16), o aumento dos servidores da educação no plenário da Assembleia Legislativa e virar a página. No capítulo seguinte, tentaria aprovar a renovação por dois anos do contrato de 14 mil agentes penitenciários contratos em 2013. No entanto, não contava com uma manobra da oposição.

O deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM), pediu vistas ao projeto que concede o aumento Comissão de Administração Pública, inviabilizando a votação em plenário. O pedido gerou um grande embate entre os dois lados.
Segundo Durval Ângelo, líder do governo na Assembleia, “com o pedido de vistas, o projeto não foi votado e os professores não terão o reajuste no próximo contracheque. Além disso, os contratos dos agentes penitenciários que vencem amanhã, não poderão ser renovados e os trabalhadores serão dispensados”, alegou.

“Os agentes com contratos, por lei, só podem voltar a prestar serviço para o governo depois de dois anos. A oposição está brincando com coisa séria. Isso não é uma medida contra o governo ou o PT, é contra os mineiros”, completou.

O líder da maioria, deputado estadual Vanderlei Miranda (PMDB), diz que os professores podem ficar tranquilos pois o aumento está garantido. Mas lamenta o ato da oposição por comprometer a segurança de Minas. “Já temos um déficit de agente penitenciários. Isso vai agravar ainda mais o quadro. E faz com que muitos percam o emprego. Foi um tiro no pé da oposição. Uma burrice. O respeito que tinha por eles foi jogado no lixo”, afirmou.

Gustavo Corrêa reagiu. “Pedi vistas pois só de segunda para terça-feira o governo alterou o projeto três vezes. Nem sabíamos o que votaríamos ao certo. Não vão nos enfiar um projeto goela abaixo por incompetência. Quero ter conhecimento do que foi mudado. Eles falam uma coisa e fazem outra”.

De acordo com Gustavo, até funcionários da Educação o procuraram pedindo para que pedisse vistas ao projeto pois os servidores que atuam nas superintendências de ensino não estavam sendo contemplados pelo reajuste. “Os profissionais da educação podem ficar tranquilos. Colocamos uma emenda ao projeto obrigando o pagamento retroativo. Então, mesmo que os valores não sejam pagos em julho, a diferença terá que ser paga em Agosto”, garantiu.

Por fim, ele se defendeu contra a acusação de gerar insegurança no Estado. “Bastava o governo inverter a pauta. Poderiam, muito bem, ter colocado a votação da renovação dos contratos dos agentes penitenciários em primeiro lugar que teríamos votado tranquilamente”, defendeu.